Esclerose óssea: o que é e quando procurar ajuda médica

A esclerose óssea é uma condição que pode afetar a saúde dos ossos, trazendo dificuldades na mobilidade, na movimentação das articulações e até em um risco maior de fraturas. Apesar de poder causar dor em alguns casos, na maioria deles, ela é assintomática.

Por isso é importante manter o acompanhamento médico, com a realização de exames e consultas periódicas para avaliar quaisquer anormalidades.

O que é a esclerose óssea?

A esclerose óssea é qualquer condição que altera a densidade do osso, isto é, algo que torna um osso anormalmente mais duro ou mais mole do que o normal.

Essa condição é nociva porque os ossos com a densidade alterada podem ficar mais suscetíveis a fraturas, atrapalhar a mobilidade e reduzir o movimento articular dos indivíduos afetados.

A esclerose óssea em si costuma não causar sintomas, mas outros eventos de saúde associados ao seu surgimento podem dar sinais.

Quando é necessário procurar um médico por conta da esclerose óssea?

De uma forma geral, as dores ósseas são motivos para a consulta com um ortopedista, pois podem indicar processos que merecem atenção e busca por um diagnóstico.

A esclerose óssea também pode afetar as estruturas dos dentes, logo, também vale a recomendação de buscar um dentista em casos de dor ou percepção de que algo diferente do comum acontece na boca.

No restante do corpo, a esclerose óssea em si costuma não causar sintomas agudos, mas algumas condições que favorecem o seu desenvolvimento, sim. É importante conhecer algumas delas para entender seus sintomas:

Hemangiomas – O hemangioma é uma condição que se caracteriza quando um conjunto de vasos sanguíneos se aglomera em determinada parte do corpo, de uma forma bastante entrelaçada, em um formato que lembra o de um novelo de lã.

Esse entrelaçamento de vasos sanguíneos pode estar encapsulado por uma membrana fibrosa, formando um tumor. No entanto, o hemangioma não é um câncer, é um tumor benigno.

Um tipo comum de hemangioma ósseo é o vertebral, que se desenvolve na coluna, podendo causar dor na região e irradiada para os membros e perda de força. Em casos de fratura vertebral, a dor é muito intensa.

Muitos casos são descobertos por acaso e o tratamento consiste em uma cirurgia para eliminação do aglomerado de vasos sanguíneos.

Doença de Paget – Esse é um distúrbio no processo de remodelação óssea, que acontece continuamente no organismo humano. A remodelação óssea garante que nossos ossos estejam sempre se renovando, com as células mais antigas sendo descartadas e dando lugar às novas.

No entanto, na Doença de Paget, uma desordem nesse mecanismo faz com que haja um crescimento anormal de alguns ossos, em muitos casos, com uma densidade abaixo do normal. Os principais sintomas são as dores e deformidades ósseas e a doença se manifesta com mais frequência na faixa de população acima dos 50 anos.

Disfunção de tireoide – Os hormônios liberados pela tireoide tem uma relação direta com o processo de remodelação óssea e o hipertireoidismo pode ter um efeito negativo sobre esse processo.

Quando uma pessoa desenvolve o hipertireoidismo, seu organismo produz dois hormônios em uma quantidade exagerada: T3 e T4. Esses hormônios são responsáveis por estimular uma série de reações e processos biológicos, logo, quando estão presentes em excesso, algumas funções ficam mais aceleradas e a perda óssea é uma delas.

Por isso, o hipertireoidismo pode prejudicar a remodelação óssea, uma vez que o corpo “perde” mais ossos do que tem capacidade de repor, aumentando o risco de  enfraquecimento dos ossos, a osteoporose.

Outras causas da esclerose óssea

Entre as outras causas da esclerose ósseas estão a hepatite C, excesso de vitamina D, tumores ósseos, câncer de mama ou de próstata, e condições pouco conhecidas como os osteomas (um tumor benigno dos ossos causado pela multiplicação desordenada de células ósseas) e o osteossarcoma (um tumor maligno dos ossos mais frequente em crianças e adolescentes).

Artrose é a mesma coisa que esclerose óssea?

A artrose é uma doença caracterizada pela degeneração da cartilagem das articulações, de forma mais destacada nas cartilagens dos joelhos.

As cartilagens são estruturas que envolvem as extremidades dos ossos, na junção com as articulações. A artrose é mais comum em pessoas com mais de 60 anos e causa dores e redução da mobilidade do paciente.

Um dos efeitos da artrose é um tipo de esclerose chamado subcondral. Esse tipo de esclerose acontece nas áreas onde as cartilagens estão se degenerando, e consiste em um espessamento da região das extremidades dos ossos, sendo facilmente identificável em uma radiografia.

Essa condição também pode ser observada na região do quadril, em pacientes que sofrem de artrose nessa que é a maior articulação do corpo humano.

Os planos de saúde e o SUS devem cobrir as doenças relacionadas à esclerose óssea?

Sim, tanto os planos de saúde como o SUS devem cobrir os tratamentos relacionados à esclerose óssea.

No caso dos planos de saúde, caso o paciente encontre alguma dificuldade ou se depare com a recusa do convênio em oferecer os tratamentos, ele deve solicitar a justificativa ao setor administrativo da empresa, por escrito e, a partir daí, pode procurar advogados especializados em direito à saúde para ingressar com ações judiciais.

O mesmo pode ser feito para problemas no tratamento pelo SUS.

Os pacientes podem registrar reclamações junto às secretarias de saúde do município e do estado, além do telefone 136 – o Disque Saúde. Caso a esfera administrativa não dê retorno em um tempo hábil, também é possível levar o caso à Justiça.

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