Sintomas da trombofilia: saiba como identificar os primeiros sinais

Muito se fala sobre a trombose e os riscos que o desenvolvimento de coágulos no interior dos vasos sanguíneos podem causar para a saúde. No entanto, bem menos conhecida é a trombofilia, condição que o indivíduo desenvolve em seu organismo uma maior tendência à formação de coágulos e, portanto, maior risco de trombose.

Na maior parte dos casos, a trombofilia é causada por alterações nos fatores de coagulação do sangue. A maior propensão à formação de coágulos no sangue está ligada à Tríade de Wirchow, um conjunto de três fatores que ajuda a identificar a trombofilia, sendo eles:

  • Lesão ao endotélio (que é uma camada de tecido) vascular;
  • Estase venosa (estagnação do sangue na veia);
  • Alterações no sangue, como aumento da viscosidade).

Neste artigo, você vai entender quais são os sintomas da trombofilia, por que ela é causada e quais são os sinais de complicações que podem levar à trombose.

Quais são as causas da trombofilia?

Diversos fatores podem levar um indivíduo a ter uma propensão a episódios de trombose como: deficiência de substâncias como a antitrombina – cuja função é inibir a coagulação – e fatores genéticos, como a mutação do gene da protrombina, uma proteína que ajuda a prevenir a trombose.

A mutação desse é mais comum em populações nativas e descendentes do continente europeu, mas isso não significa que todas as pessoas com essa ascendência vão desenvolver a trombofilia. No entanto, quando essa tendência é somada a outros elementos, como o uso de alguns tipos de anticoncepcionais, reposição hormonal, longas viagens, sedentarismo e cirurgias, esse risco cresce.

Quais os cuidados que uma pessoa com trombofilia deve ter?

A trombofilia em si não apresenta sintomas, por isso, os pacientes diagnosticados com essa condição devem se cercar de cuidados para evitar a formação de coágulos no sangue.

Alguns dos cuidados recomendados são:

  • Manter-se bem hidratado;
  • Utilizar meias elásticas de compressão;
  • Praticar exercícios físicos regularmente;
  • Evitar ficar parado na mesma posição por longos períodos.

A depender da avaliação médica, o paciente também pode ser orientado a tomar medicações que ajudam a prevenir a formação de trombos no interior dos vasos sanguíneos.

De forma geral, no entanto, os cuidados são o manejo e a avaliação da situação do paciente e evitar situações que podem desencadear a formação de coágulos sanguíneos.

A trombofilia apresenta sintomas?

Falar em sintomas da trombofilia é um conceito abstrato, pois ela é um fator de risco e não uma doença em si. Quando existem sintomas sugestivos da formação de um trombo em um vaso sanguíneo, essa é uma situação de emergência que merece avaliação imediata por um médico, pois são sintomas de trombose.

Alguns desses sintomas são:

  • Inchaço na região em que há o coágulo;
  • Aumento da temperatura na região;
  • Dor no membro afetado;
  • Sensação de falta de ar;
  • Dor no peito, que pode piorar ao respirar fundo, tossir ou comer;
  • Veias mais visíveis na pele devido à maior dilatação;
  • Cor mais azulada na pele no local em que houve a formação do coágulo.

Assim que qualquer desses sintomas seja percebido, o paciente deve se encaminhar imediatamente ao atendimento médico, para que os manejo seja feito com o objetivo de dissolver o coágulo e evitar possíveis complicações, como a embolia pulmonar, condição que é potencialmente fatal.

Grávidas têm risco aumentado?

Mulheres com trombofilia devem tomar cuidados extras no período de gravidez, pois a condição é um fator de risco para a gestação.

A trombofilia pode favorecer o descolamento da placenta, o aborto espontâneo, a prematuridade e o nascimento de bebês abaixo do peso.

Tudo isso ocorre porque, na gestação, com o aumento do peso do útero sobre os vasos sanguíneos do abdômen, o fluxo sanguíneo pode ter mais resistência para circular. Com isso, pode aumentar a estase venosa, ou seja, a condição de imobilidade do sangue dentro das veias, fator que, combinado ao maior risco de formação de trombos em pessoas com trombofilia, se torna um fator de risco para a manutenção da gestão.

A trombose nessa região pode levar a dificuldades de fornecimento de nutrientes para o feto por bloqueio dos vasos sanguíneos da placenta ou do endométrio, aumentando o risco de aborto.

Entre os principais sintomas da trombose na gravidez estão:

  • Sensação de peso nas pernas;
  • Pernas doloridas e inchadas;
  • Veias dilatadas e visíveis;
  • Dor na região anal e sangramento;
  • Perda de força em um lado do corpo;
  • Dificuldade para falar.

É importante salientar, no entanto, que um bom acompanhamento pré-natal e mapeamento da trombofilia na gestante pode oferecer manejos clínicos e medicamentosos para diminuir o risco de desenvolvimento de tromboses.

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