Lista de tratamentos disponíveis no SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece uma ampla gama de tratamentos e procedimentos para diversas condições de saúde, incluindo aqueles que podem ser negados por planos de saúde. 

Se você está enfrentando dificuldades para obter a cobertura de um tratamento específico pelo seu plano, saiba que o SUS pode ser uma alternativa viável e gratuita

Neste guia, a KOBI Advogados, especialista em Direito da Saúde, apresenta uma lista abrangente de tratamentos disponíveis no SUS, com foco em algumas áreas que frequentemente geram conflitos com planos de saúde.

Cardiopatias congênitas:

O SUS oferece tratamento completo para cardiopatias congênitas, desde o diagnóstico até cirurgias e acompanhamento multidisciplinar. Isso inclui exames como ecocardiograma, cateterismo cardíaco e ressonância magnética, além de medicamentos e procedimentos cirúrgicos, como correção de defeitos cardíacos e implante de marcapasso.

Vitiligo:

O SUS disponibiliza diversas opções de tratamento para vitiligo, como fototerapia, medicamentos tópicos e orais, e até mesmo cirurgia em casos específicos. A fototerapia, por exemplo, utiliza raios ultravioleta para estimular a repigmentação da pele, e é um tratamento eficaz e seguro oferecido gratuitamente pelo SUS.

Doenças de pele:

Além do vitiligo, o SUS oferece tratamento para diversas outras doenças de pele, como psoríase, hanseníase, câncer de pele e dermatites. O tratamento pode incluir medicamentos tópicos e orais, fototerapia, crioterapia (terapia com frio) e procedimentos cirúrgicos, como remoção de lesões e biópsias.

Tratamentos oncológicos:

O SUS é referência no tratamento do câncer, oferecendo desde cirurgias e quimioterapia até radioterapia e imunoterapia. Além disso, o SUS também oferece cuidados paliativos para pacientes com câncer em estágio avançado, visando o controle da dor e o bem-estar do paciente.

Transplantes:

O SUS é responsável pela maior parte dos transplantes realizados no Brasil, incluindo transplantes de órgãos como coração, fígado, rim e pulmão, além de transplantes de tecidos como medula óssea e córnea

Todo o processo, desde a avaliação do paciente até a cirurgia e o acompanhamento pós-transplante, é realizado pelo SUS de forma gratuita.

Saúde mental:

O SUS oferece uma rede de atenção à saúde mental, com serviços como Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), ambulatórios especializados e hospitais psiquiátricos. Os tratamentos incluem psicoterapia, terapia ocupacional, acompanhamento psiquiátrico e medicação, além de atividades em grupo e oficinas terapêuticas.

Doenças raras:

O SUS também oferece tratamento para diversas doenças raras, muitas vezes negadas por planos de saúde devido ao alto custo. O tratamento pode incluir medicamentos específicos, terapias de reposição enzimática, fisioterapia e acompanhamento multidisciplinar.

Outras especialidades:

O SUS oferece tratamento em todas as especialidades médicas, como ortopedia, neurologia, endocrinologia, gastroenterologia, pneumologia, entre outras. Isso inclui consultas, exames, cirurgias e medicamentos, garantindo o acesso integral à saúde para todos os cidadãos.

Como acessar os tratamentos do SUS?

Para ter acesso aos tratamentos oferecidos pelo SUS, basta procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa e agendar uma consulta. O médico da UBS irá avaliar seu caso e, se necessário, encaminhá-lo para um especialista ou para um serviço de referência. 

É importante levar seus documentos pessoais, como RG, CPF e comprovante de residência, além de exames e laudos médicos, se houver.

Direitos dos Pacientes

É fundamental lembrar que o paciente tem direito ao tratamento adequado, independentemente de ter plano de saúde ou não. Se o plano de saúde negar a cobertura de um tratamento previsto em lei ou no contrato, o paciente pode recorrer à Justiça para garantir seus direitos. 

A KOBI Advogados está à disposição para auxiliar pacientes que enfrentam dificuldades com planos de saúde, buscando a melhor solução para cada caso.

O SUS oferece uma ampla gama de tratamentos e procedimentos de forma gratuita, garantindo o acesso à saúde para todos os cidadãos. Se você teve algum tratamento negado pelo seu plano de saúde, não hesite em procurar o SUS e buscar seus direitos. 

A KOBI Advogados está pronta para te ajudar nessa jornada, buscando a melhor solução para o seu caso. Entre em contato conosco e agende uma consulta.

4 direitos dos pacientes com cardiopatia congênita

A cardiopatia congênita é uma condição que se configura quando há uma anormalidade na estrutura ou na função do coração de um indivíduo, desde o momento do seu nascimento. Em alguns casos, essas malformações podem provocar pouca repercussão na vida desse, mas há casos graves, que causam sintomas como cansaço e insuficiência cardíaca, entre outras sérias repercussões.

No casos considerados graves, os portadores de cardiopatias congênitas passam a ter inúmeros direitos.

Os episódios de cardiopatia congênita que costumam ser classificados como graves são aqueles em que a condição leva ao surgimento de limitações físicas, funcionais e/ou profissionais de maneira crônica, com evolução rápida, assim como as que podem representar risco à vida do paciente.

Pacientes que convivem com cardiopatias de qualquer tipo, inclusive as congênitas, e que possuem doença nesse estágio de evolução, são enquadradas como pessoas que sofrem de doenças graves e, como tal, têm direito a uma série de benefícios.

Conheça agora 5 deles!

1) Aposentadoria por invalidez

Também chamado de auxílio por incapacidade permanente, esse benefício é voltado a pessoas que se encontram em persistente situação de impossibilidade de ter uma rotina profissional, em função de doenças limitantes, como as cardiopatias que evoluem para doenças graves.

O cálculo dessa contribuição é uma média da contribuição do indivíduo nos últimos 12 meses, respeitando o teto de R$ 7.786,02 vigente atualmente no INSS.

Caso a pessoa nunca tenha contribuído com a previdência social, ela receberá o valor de um salário mínimo.

Um detalhe importante é que pessoas que gozam da aposentadoria por invalidez devem ficar atentas ao prazo de revalidação do benefício, procedimento que deve ser feito a cada dois anos.

Para solicitar esse benefício, o ponto de partida é buscar o INSS através dos canais: telefone 135 ou através do INSS Digital por meio de um advogado especializado em direito à saúde. É imprescindível que haja atestados e exames comprobatórios da doença no ato da solicitação.

2) Desconto na compra de automóvel

O governo abre mão da cobrança de alguns impostos e oferece descontos no recolhimento de alguns outros para as pessoas com deficiência ou doenças graves. Esse direito é garantido pela lei 8989/1995 e pode gerar uma economia de até 30% no valor final de um veículo zero quilômetro.

Para acessar esse direito, é fundamental que o comprador possua laudos médicos comprovando sua doença, como a cardiopatia grave. Além disso, é preciso, antes do processo de compra em si, obter uma série de documentos como:

CNH especial – O comprador precisa de uma Carteira Nacional de Habilitação específica, que identifique a sua doença grave.

Declaração de identificação do condutor – Se o paciente cardiopata não é quem vai dirigir o veículo, mas sim um terceiro, a pessoa responsável pela direção deve ir à Receita Federal para conseguir esse documento.

Também no site da Receita e com os documentos anteriormente citados em mãos, o cardiopata deve solicitar a isenção dos impostos federais: IOF e IPI.

Já no site da secretaria da fazenda do seu estado, o comprador do veículo deve pedir a isenção do ICMS. Por fim, no site do Detran do seu estado deve ser feito o pedido de isenção do IPVA.

3) Isenção de Imposto de Renda (IR)

A isenção de imposto de renda é destinada a pessoas que possuem doenças graves, como os casos mais sérios de cardiopatia congênita que evoluem para doenças incapacitantes.

O direito é assegurado mesmo que a pessoa tenha recebido rendimentos como aposentadoria ou pensão. Não importa o valor recebido, a pessoa com doença grave é 100% isenta de declarar seu imposto de renda.

4) Tratamento do plano de saúde

O tratamento de pessoas cardiopatas pelos planos de saúde é um direito garantido por lei e os convênios não podem se negar a oferecê-lo. As operadoras de saúde devem oferecer ampla cobertura para o tratamento e terapias interdisciplinares associadas.

Esses atendimentos estão previstos no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Caso o plano de saúde não ofereça suporte para um tratamento prescrito pelo médico, o cliente pode solicitar à operadora o reembolso de todas as despesas obtidas contratando os serviços de forma particular.

Caso o plano de saúde se recuse a oferecer algum tratamento ao cardiopata, os responsáveis devem procurar um escritório de advocacia especializado em direito à saúde, para o ingresso de ação judicial.

Tendo tudo isso em vista, é importante que os pacientes cardiopatas conheçam seus direitos. O escritório Kobi Advogados possui uma equipe especializada em direito da saúde que pode auxiliar essas pessoas a conseguir alcançar aquilo que está previsto em lei.

Lembre-se: você tem direito à saúde e ao tratamento adequado para sua doença. Não desista de buscar seus direitos e alternativas para cuidar da sua saúde.

Esclerose múltipla: como a atividade física pode ajudar no tratamento

A esclerose múltipla (EM) é uma doença que impõe uma série de desafios às pessoas acometidas. Por ser uma doença de natureza progressiva, seus sintomas vão se tornando mais severos à medida que o tempo passa. No entanto, alguns recursos podem retardar o efeito da doença, como o uso de determinados medicamentos e a prática de atividades físicas.

A realização de exercícios físicos regulares, por parte do paciente, proporciona uma melhoria na autonomia e na qualidade de vida.

Os benefícios se estendem por diversas dimensões da vida do paciente, como veremos a seguir.

Melhor controle da bexiga

Por conta da natureza da esclerose múltipla – uma doença que agride o sistema nervoso, prejudicando a comunicação entre os neurônios, a médio e longo prazo o paciente pode desenvolver incontinência urinária, ou seja, a perda da capacidade de controlar a urina.

Isso é um fator que pode causar uma grande limitação ao paciente e também o estigma. A boa notícia é que os exercícios físicos podem ajudar a fortalecer a musculatura, melhorando o controle sobre o esfíncter urinário.

Aumento da saúde músculo-esquelética

Pessoas com esclerose múltipla podem ser mais propensas a desenvolver a osteoporose, uma doença que fragiliza os ossos, deixando-os mais vulneráveis a fraturas.

Isso acontece porque os corticoides, classe de medicamentos utilizada para controlar as crises aguda de EM, podem reduzir a concentração de cálcio no organismo, fragilizando os ossos.

Os exercícios físicos, naturalmente, ajudam a fortalecer os ossos. Além disso, o fortalecimento dos músculos também tem um efeito protetor para as articulações e para a realização de atividades como caminhar e levantar-se de uma cadeira, momento em que, normalmente, acontecem as quedas.

Manutenção do peso corporal

Pacientes com esclerose múltipla, quando muito restritos e sem a prática de atividades físicas, podem apresentar ganho de peso, um fator a mais para o disparo de gatilhos de comorbidades. O uso dos corticoides também pode contribuir para esse cenário.

A prática de exercícios ajuda a prevenir o aumento de peso, o que tem efeito protetor para a pressão arterial e diversos outros mecanismos fisiológicos importantes.

Melhoria do humor

A ciência já comprovou que colocar o corpo em movimento promove a liberação de substâncias relacionadas ao bem estar e à felicidade. Pacientes com esclerose múltipla se beneficiam desse mecanismo da mesma forma.

A prática de atividades físicas, especialmente no período inicial da doença, pode fazer com que os surtos não deixem qualquer sequela. Além disso, um estudo da universidade dinamarquesa de Aarhus de 2017 demonstrou que atividades como a musculação tem ação neuroprotetora em pacientes com EM.

Tenho esclerose múltipla, quais são os cuidados ao iniciar uma atividade física?

O ideal é que, primeiramente, o médico avalie o estado geral de saúde do paciente e o estadiamento da esclerose múltipla. A partir daí, ele vai indicar que tipo de exercício o paciente deve iniciar.

É preciso ter atenção à intensidade do exercício, que deve ser adequada à capacidade do paciente para não provocar qualquer sobrecarga ou fadiga excessiva.

O ideal é que esses exercícios sejam realizados sob supervisão de um profissional capacitado, como um educador físico. Em alguns casos, um fisioterapeuta também pode ajudar.

O que é a esclerose múltipla?

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica autoimune e de caráter progressivo, ou seja, se não tratada, provoca sintomas mais severos ao longo do tempo. Essa enfermidade se caracteriza por processos inflamatórios e degenerativos que prejudicam a comunicação entre os neurônios. A doença não tem cura, mas o tratamento pode ajudar a controlar os sintomas.

Quais são as causas da esclerose múltipla?

Hoje em dia, acredita-se que a esclerose múltipla é causada por uma conjunção de fatores. No campo da imunidade, sabe-se que as células de defesa podem entender o sistema nervoso como um inimigo, e começar a atacar a bainha de mielina, desencadeando a doença.

Fatores genéticos também interferem na predisposição do indivíduo para manifestar essa patologia. Infecções por alguns microrganismos, como o vírus Epstein-Barr podem estar associadas ao desenvolvimento da esclerose múltipla, assim como a obesidade, o tabagismo e a falta de vitamina D no corpo.

Quais são os sintomas?

Entre os sintomas da esclerose múltipla estão: fraqueza de membros, desequilíbrio ao andar, dormência, formigamentos, incontinência urinária, vertigem e problemas na visão.

Em um primeiro momento, a esclerose múltipla é caracterizada como uma doença que acontece em surtos, ou seja, o paciente tem uma crise aguda, com piora do seu quadro neurológico, seguido de uma melhora. Em cerca de 10 anos, no entanto, esse quadro passa a ser progressivo, ou seja, os pacientes não mais se recuperam totalmente dos surtos.

Dentro de todo esse contexto, a prática de atividades físicas bem recomendadas pelo médico e corretamente orientadas por um profissional capacitado apresenta inúmeras vantagens para os pacientes com esclerose múltipla, sendo um elemento primordial no controle da doença e contenção da sua progressão.

Como conseguir Natalizumabe pelo SUS ou pelo plano de saúde?

A esclerose múltipla (EM) é uma condição de saúde que pode, ao longo do tempo, implicar em grandes limitações para as pessoas acometidas. Isso acontece porque essa é uma doença de caráter progressivo, que se agrava com o passar do tempo, e que não tem cura.

No entanto, existem tratamentos que ajudam a controlar os sintomas, prevenir as crises agudas e prolongar a autonomia dos indivíduos. O natalizumabe, também comercializado com o nome de Tysabri, é um dos remédios utilizados com esses objetivos.

Neste artigo, você vai entender como conseguir essa medicação pelo SUS ou pelo plano de saúde. Confira agora!

O SUS fornece natalizumabe gratuitamente?

O natalizumabe é considerado um medicamento de alto custo, por isso, sua cessão aos cidadãos normalmente é realizada em farmácias de alto custo. A maior parte dos estados possui farmácias como essa, distribuídas em seus territórios.

Para conseguir retirar remédios nesse tipo de farmácia, o paciente precisa de laudo médico atestando sua condição de saúde e especificando também demais informações necessárias para avaliação da farmácia de alto custo. Em muitos estados, há modelos de requerimentos específicos que o médico deve fornecer, para que sejam encaminhados à instituição.

O que fazer se eu não conseguir natalizumabe pelo SUS?

É sempre importante que a Constituição Federal define a saúde como um direito de todos e um dever do Estado. Por isso, se o paciente não conseguir ter acesso ao natalizumabe pelo SUS, ele pode tentar a via judicial para garantir os seus direitos.

Para isso, recomenda-se que o paciente, em poder do laudo médico e demais documentos, busque ajuda jurídica especializada em direito à saúde. Visto que a esclerose múltipla é uma doença potencialmente incapacitante e que pode colocar a vida do paciente em risco, um pedido de liminar pode ser uma alternativa para dar ao paciente uma solução rápida.

Além da via judicial, o paciente também pode fazer registros da negativa do natalizumabe pela via administrativa, como através das ouvidorias das secretarias de saúde do município ou do estado, além do Disque-Saúde, no telefone 136. É importante anotar os números de protocolo, data e horário das reclamações, o que pode ajudar a fortalecer a ação judicial.

Os planos de saúde são obrigados a cobrir o natalizumabe?

Ao interpretar a legislação de forma objetiva, os planos de saúde deveriam, sim, cobrir a prescrição do natalizumabe aos pacientes. O medicamento cumpre com a condição de ter aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso no Brasil, já tendo comprovada sua eficácia e segurança.

Além disso, mesmo não sendo obrigatória para validar a cobertura dos convênios, a presença desse medicamento no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é mais uma garantia de cobertura.

O que fazer caso o plano de saúde se recuse a cobrir o natalizumabe?

Em caso de negativa das operadoras de saúde em cobrir a prescrição do natalizumabe, a primeira coisa que os pacientes devem solicitar é uma declaração, por escrito, do plano de saúde, contendo a justificativa para a recusa.

O cliente deve estar ciente de que a cessão desse documento é obrigatória, não cabendo aos planos de saúde a opção de recusar o seu fornecimento. Estar ciente disso é extremamente importante para que o beneficiário não seja prejudicado por manobras que visam protelar a obtenção desse documento.

Com essa declaração em mãos, ele também deve reunir o laudo médico que confirma sua condição de saúde e aponta a necessidade do uso do medicamento. É importante que esse laudo explique, ainda, porque o natalizumabe é importante para o tratamento e porque outros medicamentos não oferecem iguais benefícios.

Com esses documentos reunidos, o paciente deve buscar auxílio de advogados especializados em direito à saúde, que vão orientar e iniciar as tratativas jurídicas para garantir os direitos do paciente.

O que é a esclerose múltipla?

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica autoimune e de caráter progressivo, ou seja, se não tratada, provoca sintomas mais severos ao longo do tempo. Essa enfermidade se caracteriza por processos inflamatórios e degenerativos que prejudicam a comunicação entre os neurônios. A doença não tem cura, mas o tratamento pode ajudar a controlar os sintomas.

Como o natalizumabe age?

O natalizumabe é indicado para pacientes com esclerose múltipla (EM) que registram alta atividade da doença ou recorrência das crises graves e com rápida evolução.

Esse medicamento consiste em uma proteína que impede que o cérebro seja atacado pelas células que produzem a inflamação característica da EM, reduzindo seus sintomas e a quantidade de crises agudas.

É importante salientar, no entanto, que o natalizumabe não corrige os danos já causados pela EM, mas retarda a progressão da doença, permitindo que o paciente prolongue seu período de autonomia e qualidade de vida.

Planos de saúde e vitiligo: como garantir o seu tratamento

O vitiligo, apesar de não ser um problema de saúde maligno, é uma doença que pode causar fortes impactos na saúde mental das pessoas afetadas. A descoloração da pele causada que é característica dessa condição pode levar o indivíduo a uma redução da autoestima e problemas com sua própria imagem, em função de manchas na pele que surgem quando a doença se desencadeia.

Por conta desse estigma, é muito importante que a pessoa afetada pelo vitiligo possa ter acesso ao tratamento. Apesar de não ter cura, essa doença pode ser controlada, se for aplicada a intervenção correta.

Porém, será que os planos de saúde cobrem o tratamento do vitiligo?

Neste artigo, você vai conhecer a resposta a essa pergunta e entender os procedimentos que precisa efetuar para ter acesso ao tratamento do vitiligo pelo plano de saúde.

Os planos são obrigados a cobrir o tratamento do vitiligo?

Existem diversas formas de tratar o vitiligo e a escolha de cada uma delas depende da forma como a doença se manifesta em cada indivíduo, o que é avaliado por um médico. 

De uma forma geral, podemos dizer que os planos de saúde são sim obrigados a cobrir o tratamento para o vitiligo, uma vez que as principais alternativas terapêuticas utilizadas atendem à legislação vigente.

O que determina se um tratamento deve ser coberto pelo plano de saúde?

Para que um tratamento seja coberto pelo plano de saúde, ele precisa ser cientificamente comprovado. Esse é o caso de alternativas como a fototerapia, frequentemente prescrita para o controle da doença. Também existem medicamentos que induzem a repigmentação das áreas manchadas e que podem ser prescritos pelo médico.

Outra opção para casos de vitiligo é o transplante de melanócitos, que são as células produtoras de melanina, responsáveis pela pigmentação da pele. Esse procedimento, no entanto, é indicado para casos mais específicos, quando a área afetada pelo vitiligo é pequena e o quadro está estável há dois anos ou mais. 

O transplante consiste na retirada de pequenos pedaços de pele de regiões com maior concentração de melanócitos, que são transplantados para áreas com manchas.

Mesmo assim, o plano de saúde pode se recusar a oferecer tratamento para vitiligo?

Infelizmente, mesmo obrigados pela legislação a conceder os tratamentos para o vitiligo, pode acontecer de as prestadoras de saúde se recusarem a cobrir os procedimentos.

Antes de mais nada é preciso esclarecer que, para ter acesso a procedimentos como a fototerapia ou o transplante de melanócitos, o plano de saúde contratado devem ter, incluído formalmente, a cobertura de procedimentos ambulatoriais.

Isso acontece porque esses procedimentos são realizados em ambulatório e a categoria contratada deve englobar esse tipo de serviço. Caso o contrato não contemple essa modalidade de atendimento, o plano de saúde pode se recusar a oferecê-lo.

No entanto, se o plano contemplar atendimento ambulatorial e a operadora se recusar a fornecê-lo, aí o paciente estará diante de uma prática abusiva e deve recorrer a advogados especializados em direito à saúde para fazer valer os seus direitos.

O que fazer caso o plano de saúde se recuse a cobrir o tratamento contra o vitiligo?

A primeira coisa que o paciente com vitiligo deve saber, para ter os seus direitos assegurados no tratamento junto ao plano de saúde, é que ele deve portar um laudo médico o mais detalhado possível detalhando a doença e indicando corretamente o tratamento prescrito pelo médico.

Caso haja recusa da operadora de saúde em ofertar o tratamento indicado pelo médico, o paciente deve solicitar à empresa uma declaração contendo a justificativa para essa negativa. Saiba que o plano de saúde não pode se recusar a fornecer esse tipo de documento, portanto, recomendamos que o paciente mencione que conhece seus direitos.

Em seguida, com o laudo médico e a declaração do plano de saúde em mãos, o paciente deve procurar um escritório de advocacia, para que os profissionais representem judicialmente contra o plano de saúde, uma vez que a negativa de atendimento é uma prática abusiva.

Por que é importante garantir os seus direitos?

Como já mencionamos, o vitiligo é uma condição benigna de saúde, ou seja: não causa dores, não evolui para o câncer e não está relacionado a outras questões de saúde física.

No entanto, essa é uma condição que pode afetar decisivamente a autoestima das pessoas afetadas, em função das manchas que podem surgir por todo o corpo, trazendo consequências emocionais.

Por isso, é muito importante que os pacientes acometidos pelo vitiligo iniciem o tratamento o mais rapidamente possível e que também estejam cientes dos seus direitos. 

Apesar de a doença não ter cura, o tratamento pode controlar a progressão das manchas e oferece uma condição de menos estigmas para os indivíduos que convivem com essa condição de saúde.

Durvalumabe (Imfinzi): passo a passo para conseguir pelo plano

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, somente em 2024, o Brasil terá mais de 32 mil novos casos de câncer de pulmão, com o número de óbitos relacionados superando 28 mil. Os números dão uma dimensão de como, apesar do avanço das tecnologias aliadas da medicina, alguns tipos de tumores pulmonares ainda são um desafio para a ciência.

Por isso mesmo, é importante que os pacientes e familiares conheçam a alternativa representada pelo Imfinzi, cujo princípio ativo é o Durvalumabe. Esse medicamento é efetivo contra determinados tipos de câncer de pulmão e também para casos determinados de carcinomas, tumores que afetam a pele ou os tecidos que revestem os órgãos internos.

Neste artigo, você vai saber o passo a passo para conseguir o Durvalumabe pelo plano e como superar eventuais objeções que podem surgir no trato com a operadora de saúde. Confira!

O plano de saúde é obrigado a cobrir o Durvalumabe?

O Durvalumabe é um medicamento que já conta com autorização para uso no país, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A agência entende que o medicamento comprovou eficácia e segurança para ser usado em casos de câncer de pulmão de pequenas células (CPPC) de não pequenas células (CPNPC) e carcinoma urotelial.

Com a autorização da Anvisa, o correto seria que o medicamento fosse coberto pelas operadoras de saúde. No entanto, uma série de questões jurídicas têm impedido que isso aconteça, em muitos casos, na prática, porque o Durvalumabe ainda não consta no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A Lei do Rol garante cobertura, mas planos de saúde ainda se negam

Conhecida como Lei do Rol, essa legislação determina que o rol de procedimentos da ANS é exemplificativo, ou seja, ele funciona apenas como um exemplo, mas não limita os procedimentos e medicamentos que devem ser cobertos pelos planos de saúde.

O entendimento de um rol exemplificativo deixa em aberto a possibilidade de que as inovações científicas e tecnológicas possam ser prontamente disponibilizadas aos pacientes assim que aprovadas pelos órgãos competentes, como a Anvisa.

Na época da aprovação da lei, havia pressão de setores para tornar o rol taxativo. Nesse caso, as operadoras de saúde só seriam obrigadas a cobrir aquilo que estivesse taxativamente descrito no rol de procedimentos.

Essa seria uma opção que deixaria os tratamentos de saúde no Brasil parados no tempo, pois, com o passar dos anos, tratamentos mais avançados teriam que ser incluídos um a um no rol. O prazo para essa inclusão seria incerto.

Esse impasse foi apreciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2022, momento em que a instância máxima do judiciário brasileiro entendeu que as discussões sobre esse tema deveriam seguir as determinações da lei 14454: o rol é exemplificativo e os planos de saúde não devem se limitar estritamente a ele na oferta de procedimentos e medicamentos aos seus segurados.

O que fazer caso o plano de saúde se recuse a cobrir o Durvalumabe?

O paciente que tiver indicação médica para uso do Durvalumabe e tiver o medicamento negado pelo plano de saúde deve se cercar de uma equipe jurídica especializada em direito à saúde para ingressar judicialmente contra a empresa.

Primeiramente, o paciente deve portar um laudo médico que descreva em detalhes seu quadro de saúde, estadiamento da doença, sintomas e consequências causadas pela patologia em sua vida.

Além disso, diante da negativa do plano de saúde, o paciente deve solicitar uma declaração por escrito à empresa, em que ela justifique os motivos da recusa em cobrir o Durvalumabe.

Com esses documentos em mãos, advogados podem entrar com uma ação judicial exigindo a cobertura do Durvalumabe pelo plano de saúde.

Como o Durvalumabe atua?

O Durvalumabe é um medicamento que atua como uma imunoterapia, ou seja, ele ajuda as células de defesa do organismo a reconhecer as células doentes e atacá-las.

A imunoterapia é uma das mais promissoras linhas de tratamento contra o câncer, entendidas pela medicina como uma forma de combater a doença causando menos efeitos colaterais, ao utilizar as próprias defesas do corpo para combater as neoplasias.

No entanto, esse é um medicamento de alto custo. Uma ampola de 10 ml pode custar quase R$ 30 mil, o que o torna inviável para a maioria esmagadora das pessoas doentes.

O SUS também deve cobrir o Durvalumabe?

A Constituição Federal define que a saúde é um direito de todos os cidadãos brasileiros e um dever do Estado. Portanto, se o cidadão tiver dificuldades em conseguir o Durvalumabe na farmácia de alto custo de seu estado ou região, recomenda-se que ele também busque apoio jurídico para garantir os seus direitos com uma equipe de advogados especializados em direito à saúde.